A história do nosso Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre é a trajetória de uma comunidade que cultivou e cultiva laços familiares e de amizade, tendo como pilar a promoção da cultura e da arte. Uma comunidade que acontece em torno da cultura e arte, por si só, já nos diz muito. Diz de pessoas que se reúnem em um Centro em função da promoção do humanismo e da evolução do ser humano em sociedade.
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Na Ata de Fundação consta que 19 homens reuniram-se “... com o objetivo de fundar uma sociedade cultural, de âmbito limitado a Porto Alegre e adjacências, que tenha por fim a prática [sic] da língua alemã que todos falam e desejam cultivar...”. Esta era a forma de possibilitar cultura para tanta gente, cuja língua materna era o alemão. A ata ainda destaca que a sociedade desejava manter tradições sem prejuízo do idioma nacional, o qual seria falado para contemplar sócios que não conheciam o alemão.
Mais adiante, o mesmo documento destaca, nas palavras do sr. Josef Hofer, sócio nº1, que havia necessidade de se fundar uma entidade com fins culturais,
“...já que a maior parte das agremiações [...] se vinha dedicando à prática de esportes e divertimentos,atividades estas, por certo , muito apreciáveis e recomendáveis, mas que menos se preocupavam com as coisas do espírito. Havia, pois, sem dúvida, falta de uma sociedade que interpretasse e fosse a expressão do espírito consubstanciado na data de 25 de julho.”
O impulso inicial esteve, sem dúvida alguma, no encontro e na agremiação de pessoas de descendência alemã que ansiavam por falar sua língua materna. Desde o início, o objetivo focava a educação, a cultura e a arte, exatamente o propósito que se mantém vivo hoje com os projetos e grupos culturais Nesta primeira ata, os fundadores compararam o “25” com instituições culturais francesas, italianas e norte-americanas aqui no Brasil.
Essa história principia exatamente na falta e na necessidade de encontros comunitários que promovessem as expressões de gente com a mesma identidade cultural. É fundamental lembrarmos que a década de 1950 é uma continuidade dos anos que a precederam. São as pessoas que viveram estes anos que moveram forças para fundar um Centro Cultural inspirado na data da Imigração Alemã para o Brasil.
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O CONTEXTO ANTERIOR À DÉCADA DE 1950
1938, Era Vargas, mais precisamente, uma ditadura. Getúlio Vargas promoveu uma nova constituição inspirada em ideias fascistas. E nisto, o que interessa à história do Centro Cultural 25 de Julho é que, em meio a sua política repressiva, Getúlio criou uma campanha nacionalista que buscava não só enaltecer determinadas expressões culturais eleitas como essencialmente brasileiras, mas, de outra parte, sufocar expressões culturais que não fossem as ditas brasileiras.
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Agora, imagine uma campanha assim, vinda de um governo repressor e imposta a uma população tão vasta e eclética como a população brasileira?! Qual o lugar dos milhões de pessoas oriundas dos mais diversos países e culturas, desde o Norte até o Sul do Brasil?
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Neste contexto político, alemães e seus descendentes foram proibidos de dizer qualquer palavra em alemão, do dia para a noite. Livros foram confiscados, queimados ou escondidos (os colonos mais espertos e corajosos esconderam seus livros nos sótãos das casas), cultos religiosos foram silenciados, crianças (muitas aprendendo a falar!) foram caladas nas escolas e em suas brincadeiras. Nomes de escolas e clubes foram trocados por nomes brasileiros (por exemplo, o Deutscher Turnverein tornou-se Sogipa) e militares foram nomeados seus presidentes para manter um controle rigoroso dos alemães. Hoje, todo filho ou neto dessas pessoas têm pelo menos duas histórias de antepassados seus que foram presos por terem sido flagrados falando em alemão na vendinha, entre vizinhos, e até mesmo com seus cavalos!
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Mas quem eram essas pessoas, especificamente? Descendentes dos imigrantes alemães que aqui chegaram lá nos idos do século XIX; que não receberam nenhum suporte do governo e nem mesmo a cidadania brasileira; que não receberam sequer orientação de como fazer escolas – coisa que, à época, existia apenas nas grandes cidades; que jamais tiveram oportunidade ou incentivo para integrar-se às grandes cidades, ao imenso Brasil, à dita cultura brasileira.
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O decreto drástico do governo Vargas caiu como uma bomba entre essas pessoas, dispersando suas possibilidades de expressão, desde a mais básica de todas – a linguagem na fala, leitura e escrita – até o congraçamento em cantos, festejos, educação e cultos religiosos... Enfim, a sua forma de se sentirem integrados e de se ligarem ao mundo.
Arlindo Mallmann nos conta que um dos fundadores do Coro Masculino, ainda vivo e com 98 anos de idade, foi preso nessas circunstâncias. É o senhor Ratwald Kurtzenbaum, que estava servindo no quartel de Cruz Alta. Para lá sempre ia um pastor que dava apoio religioso para eles. Logicamente eles falavam em alemão. Lá pelas tantas foram indiciados como espiões ou algo assim, e condenados. Kurtzenbaum foi condenado a 30 anos de prisão, por falar em alemão! Não assuntos políticos, mas no culto religioso! Imagine uma pessoa que recebe esta sentença, mesmo que não seja cumprida, como se sente?!
Ele cumpriu quatro anos da sentença e, depois, foi anistiado. Com essa anistia, foi aposentado como soldado e hoje está recebendo uma pensão militar. Mas teve de entrar na justiça para ganhar isso.
Como é importante para uma pessoa assim a existência do Centro Cultural 25 de Julho, não é? Nesta instituição tem apoio e identidade.
💬 Se você quiser, pode contar nos comentários do final deste capítulo uma história deste tempo que conheceu ou viveu. Pode até ter sido uma história muito dura, uma luta difícil. Mas, perceba: Se você está aqui vivo e lúcido contando, é porque venceu! É porque a sua luta, ou de seus antepassados, valeu a pena, deu continuidade à espécie humana com suas culturas milenares.
Não bastasse isso, adentrando a década de 1940 e com o passar dos anos seguintes, o mundo entrou em ebulição e sofrimento com a II Guerra Mundial. E o Brasil? Em 1942 se aliou aos EUA contra a Alemanha e, mais uma vez, o governo brasileiro – apoiado por parte da população – sufocou violentamente os alemães e seus descendentes que, aqui, viviam ainda naquele isolamento assim mantido desde que seus antepassados imigraram para cá.
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É evidente que a II Guerra Mundial bagunçou a vida de todas as pessoas. Todos os fundadores e primeiros sócios do Centro Cultural 25 de Julho passaram por esta bagunça e sofrimentos. Vindos do exterior ou do interior do Rio Grande do Sul, todos eles e seus descendentes foram pessoas que encontraram no 25 de Julho identidade e compreensão cultural.
Algumas destas pessoas, inclusive, vivenciaram este drama bem de perto, na Alemanha, como foi o caso do ex-Presidente do Centro Cultural, Rudolf Fritsch. Ele veio para o Brasil com 9 anos de idade, tendo vivido toda sua primeira infância em meio à Guerra na Alemanha (de 1938 a 1948). Rudolf Fritsch – chamado pelos amigos de Rudi – é filho de mãe brasileira descendente de alemães e pai alemão. O casal se conheceu no Brasil, casou e teve aqui suas duas primeiras filhas, irmãs de Rudi. Depois disso foram morar na Alemanha – nos termos de Rudi, “ainda antes de Hitler” – e lá, em 1938, nasceu Rudolf Fritsch. A família passou por toda a guerra e, no seu último dia, seu pai faleceu por falta de assistência. Em 1948 a viúva veio para Porto Alegre com os três filhos.
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Rudi relata as dificuldades com a língua brasileira e sua cultura alemã aqui no Brasil. Na escola, além de não compreender a língua, os coleguinhas – muy hospitaleiros! –chamavam-no de “5ª coluna”. Hoje Rudi conta esta saga sorrindo. Mas não terá sido fácil. Entretanto, como pessoa lutadora, venceu! É importante mencionar o que ele também lembra:que o Pastor Schlipper o acolheu para estudar em alemão.
Desde tenra adolescência trabalhou para ajudar no sustento, integrando-se no 4º Distrito – bairro industrial de Porto Alegre – onde moravam e onde sua mãe trabalhava – na fábrica Renner. Rudi sempre encontrava trabalhos para fazer e coisas para vender. Visando integrar-se à sociedade, frequentava a Sociedade Navegantes São João, participando do grupo de Escoteiros, aprendendo e trabalhando ali.
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A partir dos 15 anos, mais ou menos, gostava também de frequentar os bailes da Sociedade. Particularmente lhe agradavam os Bailes promovidos pelo Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre que, então, ainda não tinha sede própria, e realizava tanto na Navegantes São João como no SOGIPA, os eventos que requeriam espaço maior. Um pouco mais moço, próximo aos 20 anos, Rudolf Fritsch associou-se ao Centro 25 de Julho, de onde, mais tarde, viria a se tornar Diretor do Departamento Social, Diretor de Patrimônio e, por fim, Presidente.
Atualmente e, agora, depois da Pandemia, você pode encontrar o Sr. Rudi e sua esposa Brunilde com frequência nos jantares Max und Moritz.
Finda a Guerra e passados os anos tumultuados, permaneceram as consequências. No contexto sul-riograndense, perdurou o mal-estar entre descendentes de alemães proibidos de expressar sua língua, cultura e etnicidade. Consequentemente, prolongou-se também aquela velha integração forçada ou, melhor dizendo, a falta de integração entre essas pessoas e dessas com as de outras origens étnicas brasileiras.
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Assim mesmo, há que se destacar diferentes realidades de descendentes de alemães no Sul do Brasil. De um lado havia os grandes comerciantes, os industriais, os empresários e também alguns intelectuais; de outro, numa realidade muito diferente, os colonos, ainda moradores das pequenas cidades do RS e de seu interior, e seus filhos, os quais começavam a se aventurar na grande capital. Com o passar dos tempos e de gerações, surgiu a necessidade dos filhos de colonos buscarem novas terras ou, então, outras atividades. Assim, muitos deles migraram do interior para Porto Alegre. Eram jovens em busca de estudo e, para se manter, em busca de trabalho. Basicamente, são essas pessoas que constituíram os primeiros associados do Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre, depois de sua fundação.
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Em paralelo a este movimento de transformação social, aconteceram dois outros movimentos que possibilitaram o surgimento desta entidade que hoje é um importante centro de cultura e educação artística no Rio Grande do Sul:
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1. A LONGA ERA VARGAS
Já desde a década de 1930 vinha se destacando no Rio Grande do Sul o padre jesuíta Balduíno Rambo: professor, religioso, botânico, geógrafo e historiador. Era grande articulador de grandes feitos. Pe. Rambo tinha muito interesse em ser o sucessor do Pe. Amstad, jesuíta de uma geração anterior, que atuou muito entre os colonos de ascendência alemã no Rio Grande do Sul. Era o movimento Pater Colonorum – pai dos colonos.
As regiões interioranas precisavam de liderança, uma vez que o Estado não instalava nem mantinha escolas nas comunidades um tanto quanto isoladas, ainda em meados do Século XX! Todos os projetos das comunidades alemãs e dos padres foram por água abaixo com o advento e o transcurso da Guerra.
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Pe. Rambo, descendente de alemães, foi grande incentivador de sua herança cultural. Com a proibição da expressão cultural alemã, ele esperneou de todo jeito e continuou fazendo o sermão em alemão na igreja São José de Porto Alegre – onde atuava. Em função da figura importante que era, as autoridades ficavam reticentes em enfrentá-lo.
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Mas... Pe. Rambo era homem, como qualquer pessoa, e não herói. Ficou absolutamente inconformado com a derrota da Alemanha na Guerra, não compreendendo como “Deus poderia deixar aquele povo tão maravilhoso sofrer assim” – talvez... coisas de quem estava mesmo à margem do que acontecia?
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Foi neste contexto que esse padre jesuíta encontrou um motivo – uma justificativa – para iniciar um grande movimento de retomada da cultura alemã: minimizar a miséria e a fome em que os alemães se encontravam no pós-guerra. Certa noite, em 1947, recebeu uma carta de um colega jesuíta da Suécia, descrevendo em minúcias a situação europeia. Pe.Rambo pegou a carta, correu para o quarto do padre alemão Pauquet no Colégio Anchieta (à época na Rua Duque de Caxias, no centro de Porto Alegre), e os dois arquitetaram um plano para colocar mãos à obra e arrecadar junto às comunidades católicas de Porto Alegre e todo o interior de RS, SC e PR mantimentos, roupas e víveres para os alemães. Assim nasceu o conhecido movimento SEF – Socorro à Europa Faminta. Claro, Europa era uma desculpa para despistar possíveis maus olhares do governo, pois o destino real das doações era a Alemanha.
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Esta situação era um tanto contraditória, pois diante da miséria por que o Brasil passava, não fazia sentido brasileiros daqui enviarem tal ajuda, mediante tamanho esforço, para a Europa. Quanto aos famintos do Brasil, jamais se mexeu uma palha e esta contradição foi estampada na imprensa!
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Foi com esta justificativa que esse jesuíta reuniu a comunidade católica e, em seguida, também a evangélica – através dos pastores – inclusive vangloriando-se de iniciar o primeiro movimento ecumênico religioso do Brasil (só que não).
Hoje, filhos daqueles envolvidos neste movimento relatam:
“Eram noites e noites de muito trabalho. Meu Deus! Milhares de pacotes arranjados no porto da cidade e endereçados criteriosamente às famílias alemãs... com o cuidado de que protestantes e alemães recebessem igualmente.
Mas na verdade, aquilo era um grande encontro, pois naquelas noites, todos podiam falar muito alemão, encontravam pessoas e amigos, de mesma cultura e costumes, com quem conversar na língua materna” (Depoimento de Vera Mallmann).
A depoente tem dúvida sobre ter vivido estes momentos com sua mãe, ou ter ouvido as histórias da mãe. De toda forma seu relato é importante, pois estampa o feito e, sobretudo, a força que estava por traz do movimento, fazendo ele acontecer: os encontros de identidades, o reconhecimento e o sentir-se acolhido.
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A partir deste movimento, Pe. Balduíno Rambo prosseguiu em sua odisseia pró-povo alemão: imediatamente após o fim da Guerra, fez investidas para que retornassem o ensino de alemão e as escolas comunitárias em alemão. Neste contexto do pós-guerra, com força, empenho e fé na importância da cultura alemã para tanta gente no Brasil é que foram fundados os Centros Culturais 25 de Julho em inúmeras cidades, cidadezinhas, vilas e comunidades,. Cada salãozinho de baile recebeu este nome. A língua alemã e paulatinamente expressões artísticas (dança, música e teatro) de origem alemã foram retomadas.
O primeiro Centro Cultural fundado foi o de São Leopoldo, em dezembro de 1949. O segundo, o Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre, em 07 de agosto de 1951, constando como “núcleo local do Centro Cultural”, sendo filiado ao de São Leopoldo e, inclusive, tomando o estatuto do Centro Cultural 25 de São Leopoldo como modelo para o seu próprio. Em princípio, o de Porto Alegre seria um braço do Centro de São Leopoldo, mas, em seguida, tomou dimensões maiores.
Certamente, em meio a muita confusão ideológica, estas Sociedades iniciaram suas histórias, cada qual diferente da outra, inicialmente com o mote exclusivo e forte de promover cultura e lazer de identidade alemã. No dia 25 de julho de 1951, aqui em Porto Alegre, ainda antes da fundação oficial do Centro Cultural, foi a primeira vez que se festejou novamente o Dia do Colono (ou dia do Imigrante),
Esta data foi, ironicamente, um feriado criado por Getúlio Vargas em 1935
e destituído pelo mesmo em 1938.
Foi nesta comemoração em 25 de julho de 1951 que se falou sobre a criação de um Centro Cultural de mesmo nome, em Porto Alegre, cuja reunião de fundação ocorreria algumas semanas depois, no dia 07 de agosto, na sede do Clube Caixeiros Viajantes, na Rua Dona Laura, nº646, com a reunião de 19 homens:
Otto Rudi Renner,
Hugo Engel Sobrinho,
Josef Hofer,
Edmundo Koch,
Siegfried Hess,
Pastor Fritz Vath,
Henrique Burger,
Eduardo Süffert,
Fritz Hess,
Luiz Kronisefeldt,
Pastor E. Schlieper,
H. Heimig,
Werner Otto Koch,
Pastor E. K. Gottschald,
Carlos Oscar Kortz,
Rudolf Elmar Mezler,
Dr. Klaus Becker,
Dr. Albano Volkmer e
Bernhard Klubank
Ficha de Associado do Sócio n.1, Sr. Josef Hofer, personagem muito atuante no “25”
“Para refletir”: àquela época e ainda por muito tempo, mulheres não participavam de cenas e atividade sociais, sendo inclusive “aconselhadas” por seus maridos a permanecerem com as lidas do lar e dos filhos. Sem dúvida que esta é uma atividade das mais importantes, se considerarmos que sempre foram ELAS que educaram os seres humanos, mas...
Chama muita atenção na documentação da época, em que o sócio era o “Sr. De Tal e Esposa”. Mulheres e filhos constavam como dependentes. Nas atividades, as mulheres sempre eram a “Senhora Fulano de Tal”, levando apenas o nome do marido. Agora pensa, amigo: quanta coisa não se perdeu em ideias e ações de mulheres? Quanto desequilíbrio não se gerou nas relações sociais permeadas apenas pelo Yang masculino?!
2. CLUBES
Os clubes eram espaço de encontro e congraçamento social. No Brasil, durante muito tempo e até uns 30 anos atrás, os espaços de sociabilidades por excelência eram os clubes. Atividades físicas, piscinas, competições desportivas, bailes, reuniões dançantes, discoteca, festas, encontros de domingo no restaurante, arte e cultura - tudo isso acontecia dentro de clubes sociais.
Fonte: Ricardo Chaves, ZH de 06.06.2017
Nas grandes cidades, muitas vezes os clubes tomavam ares de importância social com status, ostentação e sofisticação. No interior, todo e qualquer pequeno salão era “institucionalizado” como este local, o salão da comunidade, ganhando diferentes perfis, de acordo com cada grupo social.
Foi assim que, com intenção de resgatar a cultura alemã, Pe. Rambo e líderes comunitários empenharam-se em fundar Centros Culturais 25 de Julho por todo o Sul do Brasil. Mais que um clube – espaço de sociabilidades – o objetivo primeiro dos Centros 25 de Julho estava estampado em seu próprio título, “25 de Julho”, data comemorativa do movimento de Imigração Alemã no Brasil.
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Vivia-se o início de certa abertura da campanha nacionalista de Getúlio Vargas, assim que, incialmente, voltou-se a permitir falar a língua alemã. Anos depois, também outras expressões culturais como dança, teatro, cultos e cantos foram sendo permitidas. Afinal de contas, os tempos estavam mudando, o nazismo e fascismo foram derrotados pelos países aliados e, além do mais, a bandeira dos Direitos Humanos estava em voga e fazia de cada governo e cada país alguém no mundo.
Declaração Universal dos Direitos Humanos: Adotada e proclamada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.
Com isso tudo, olhava-se com bons olhos a acolhida de necessitados do Pós-Guerra.